quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cidade do Panamá




               O Revolution Tower é um bom exemplo da arquitetura, feita hoje, na Cidade do Panamá. Interessante proposta de edificação com a primeira parte do prédio em planta de seção quadrada e os dois terços superiores com a planta sofrendo uma leve rotação, de andar para andar, sobre o mesmo eixo. Simples proposta com uma complexa execução e um efeito de gosto duvidoso. Mas inegavelmente original. Como fechamento optou-se pela óbvia pele de vidro cuja escolha estética, nada adequada para o clima do país, recai no mesmo dilema dos prédios totalmente envidraçados em outras áreas tropicais do planeta: como adequar o esteriótipo do edifício moderno ao conforto ambiental interno sem recorrer ao uso indiscriminado da climatização artificial. 



               Este é o esqueleto do que será em breve o Museu da Biodiversidade. Projetado pelo arquiteto canadense Frank O. Ghery.




               Mais dois exemplos dos investimentos feitos no setor da construção civil na Cidade do Panamá que está mudando radicalmente seu skyline.
              O edifício no primeiro plano não tem nada de inovador obtendo destaque na paisagem apenas pela altura e pelo uso de materiais nobres. Já o prédio ao fundo tem um formato que certamente faz a diferença, além de exibir um detalhe bastante peculiar do projeto arquitetônico, que enriquece em muito o conjunto: sua escada de incêndio. É a  escada externa que aparece na ponta de cada andar. Essa escada aberta acompanha a linha arredondada e cria uma espécie de grega. É um detalhe muito bonito mesmo. As duas asas do Trump Ocean Club International Hotel & Tower e a silhueta giratória do Revolution, marcam uma mudança radical na maneira de entender a arquitetura por parte dos panamenhos e prometem estabelecer as novas bases do desenho na cidade e região. É a arquitetura aflorando junto com o dinheiro do canal.


               Esse edifício possui dois volumes bem distintos - recurso muito utilizado na arquitetura atual de arranha-céus - um bem denso para a base e outro mais delgado para a torre. Nesse caso é muito legal o jogo de arredondados estabelecido entre a base e o corpo principal. A parte inferior tem a forma arredondada no sentido horizontal (em planta baixa) e as duas folhas da torre em sentido vertical. Enquanto os primeiros pisos acompanham o formato do terreno, aproveitando dessa forma quase que 100% da área disponível, a torre fica solta e dá a identidade visual desejada. Os pavimentos superiores tem planta baixa em "Y" e na foto acima é possível observar o ângulo interno criado pelo partido adotado. Este prédio é  obra do magnata Donald Trump e figura como o mais alto edifício da América Latina alcançando 284 (duzentos e oitenta e quatro) metros de altura em seus 70 (setenta) andares.


               Há cerca de dez anos o edifício mais alto da cidade não ultrapassava os dez andares. Atualmente a marca dos sessenta andares já foi ultrapassada e uma torre mais alta que a outra é construída em ritmo acelerado. A foto acima ilustra bem este fato. É fácil fazer a comparação entre as três novas torres e o edifício mais baixo dos anos 90. Interessante jogo de volumetria do prédio obtido com as sacadas irregulares em ângulos alternados.




               Isso é o que sobrou do Panamá Viejo, primeira Cidade do Panamá. Erro da ocupação espanhola que não fez uso do caráter bélico-defensivo das cidades muradas ou protegidas por fortificações na era dos descobrimentos. Destruída por piratas foi reconstruída em um novo sítio um pouco mais ao sul.




               Aqui vemos a Catedral panamenha com sua fachada colonial espanhola. Situada no novo assentamento da cidade, hoje conhecido com Casco Antiguo, domina o bairro com traçado colonial e arquitetura de época. Sua construção iniciou em 1688 e sua consagração deu-se em 1796. Sua fachada central em pedra lavrada é emoldurada pelas duas torres caiadas onde estão os sinos trazidos da antiga igreja saqueada e destruída em 1601 pelo pirata Morgan.       


               Atualmente investimentos maciços estão sendo feitos na área, com o objetivo de preservar e recuperar todo o patrimônio histórico e artístico do local, bastante negligenciado pelas autoridades públicas e muito deteriorado pelo tempo.

               Abaixo algumas fotos das eclusas de Miraflores bem ao lado da capital panamenha, na margem do Oceano Pacífico. Estas, fazem parte de um, dos três conjuntos de eclusas do canal (duas próximas ao Pacífico e uma terceira no lado do Atlântico). 


               Considerado atualmente como uma das sete maravilhas da engenharia civil moderna, está sendo aumentado pelo governo local, para suportar os futuros navios de grande calado que irão ultrapassar as medidas estabelecidas pelos atuais. O projeto prevê novas eclusas e novos acessos em uma rota paralela à que já existe. 





               As portas das eclusas são de aço maciço e pesam cerca de setecentas toneladas cada. A máquina que aparece sobre a linha de trilhos é uma do par que puxa os navios por entre os canais das eclusas.



               Em segundo plano aparece o lago de Miraflores com a novíssima ponte do Centenário, bem ao fundo, inaugurada em 2005. 

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