quinta-feira, 28 de julho de 2011

New York


                    Nova Iorque continua forte em sua tradição de inovar em arquitetura. O mais intrigante projeto da nova geração está em fase de acabamento e apesar de adotar um desenho bastante ousado não destoa da paisagem nem adquire destaque exagerado. É na minha opinião a mais feliz intervenção do famoso arquiteto Frank O. Gehry. Trata-se da torre Beekman. É o mais alto edifício residencial da cidade e fica bem pertinho da ponte do Brooklyn. Sem chances reais de competir com os velhos clássicos da cidade é ainda assim o mais bonito prédio com linhas modernas já levantado em Manhattan. Suas paredes externas com efeitos ondulantes oferecem ao observador um ponto de vista diferente a cada ângulo. Suas linhas orgânicas e diferentes planos criam um efeito totalmente novo de luz e sombra e o prédio brilha não somente com o reflexo solar mas também com a capacidade do autor em produzir uma arquitetura de altíssimo padrão.



                Outra imagem do Beekman Tower localizado na 8 Spruce Street, na região de Lower Manhattan.


               As fachadas revestidas com folhas de aço inoxidável proporcionam uma imagem dramática devido principalmente à sua altura. Mas vale lembrar que altura não é exatamente um problema em Nova York. Ao todo são 76 andares que ultrapassam oitocentos e sessenta metros de altura. O fato é que, apesar de sua vizinhança ser dotada de outros vários arranha-céus, esse tem imediatamente ao seu lado edifícios mais baixos, permitindo uma maior visibilidade sua bem como uma maior superfície refletora de luz em todas as suas faces.










Abaixo o High Line Park


               Este é o High Line Park, na altura da West 17th Street. O maior exemplo de como uma simples idéia pode transformar uma área urbana decadente em algo exemplar. O que antes era uma linha férrea desativada é hoje em dia, por ação da comunidade, o mais original parque norteamericano. Ecologicamente corretíssimo ganhou o carinho da cidade e conquistou a admiração de todos os urbanistas. Elevado a aproximadamente oito metros das ruas, segue no sentido longitudinal próximo da margem do Rio Hudson entre a West 10th Street e West 30th Street. O mais interessante é entrar no parque próximo da West 25th Street no bairo de Chelsea e descer na Gansevoort Street no Meatpacking District. Percorrer os quase três quilômetros desse parque, munido de espreguiçadeiras, anfiteatro e belas perspectivas de Nova Iorque, não é tarefa nada árdua. Com canteiros verdes e espelhos d'água, serpenteia por entre os edifícios da área e cruza por cima de três diferentes bairros. O melhor de tudo: as áreas ao seu redor estão sentindo uma melhoria urbana significativa com o surgimento de novos prédios, hotéis e abertura de lojas e bares da moda.


                   Junto à High Line um dos mais recentes edifícios que despontam voltados para o Rio Hudson é a nova sede do Museu Whitney. Fundado em 1930 por Gertrudes Vanderbilt Whitney, após ver negada pelo Metropolitan Museun of Art, sua doação de cerca de seiscentas obras de arte de artistas norte-americanos, esse museu de arte moderna teve como sede, durante anos, o magnífico edifício assinado por Marcel Breuer localizado no Uper East Side. Agora suas peças ganharam nova casa em novo endereço.


                     Projetado por Renzo Piano, ele se localiza na ponta sul do jardim suspenso. Certamente não é uma das obras mais notáveis do arquiteto italiano, que tem obras magníficas espalhadas por vários países. Na verdade, eu que sou fã do arquiteto, vejo nessa obra, seu mais fraco e desapontador projeto. 



Mais um Calder para a minha galeria de fotografias.
Não me canso de admirar as esculturas desse artista.








O extremo sul da High Line.





 Abaixo o Clássico dos clássicos de NYC
O Flatiron Building




               Mais que um clássico o Flatiron é o primeiro arra-céu de Nova Iorque. Apelidado de ferro de passar roupas pelo inconfundível formato triangular o Fuller Building é um ícone da cidade e responsável pela denominação do bairro (Flatiron District). Edificado em 1902 possui alma de ferro e fechamento em calcário, terracota e vidro. Possui um desenho bem ao gosto da era de ouro da sociedade novaiorquina com linhas clássicas e referências greco-romanas. É muito fácil perceber sua composição estética dividida em três partes distintas entre si: base, fuste e capitel. O capitel em si potencializa o formato triangular do edifício que ocupa a totalidade do terreno.
 

               A Big Aple como todas as grandes cidades é rica em detalhes. Visto este belo trabalho em ferro fundido no muro do famoso Dakota Building.



                A clássica foto do Museu Guggenheim que fica no número 1071 da Fifth Avenue entre as esquinas da 88th Street e 89th Street.   
               Para aqueles que gostam de arte e sobretudo arquitetura, esse é o programa obrigatório em Nova York, sempre! O prédio já é em si uma obra de arte e no seu magnífico interior, estão elencadas obras dos maiores nomes dos séculos XIX e XX.
               Descendo pela rampa em espiral passamos pelas mostras ocasionais e pelo acervo permanente que tem obras de Kandinsky, Pollock, Klee, Chagall, Miró, Picasso, Giacometti, Van Gogh, e muitos outros.
               Engana-se quem pensa que o museu não é muito grande e que dá pra ver tudo em uma hora ou pouco mais. Balela! O museu é realmente compacto se comparado ao exagero do Met, mas mesmo assim demanda de pelo menos quatro horas para se ter uma idéia de seu acervo. O bom é que sua visita é muito fácil: mérito do projeto de arquitetura do célebre Frank Lloyd Wright que tem nele sua única obra em NYC.
               É o edifício mais emblemático de toda a avenida e um dos mais famosos da cidade. Sua espiral externa já avisa o que o visitante vai ver em seu interior: uma construção moderna e bastante limpa, perfeito para um museu de arte moderna.
              




















  



              

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