terça-feira, 13 de outubro de 2015

The Wallace Collection

   
             Dominando a Manchester Square, no coração de Londres, está, o que é na minha opinião o melhor museu de Capital inglesa. Não se trata do maior nem tão pouco do mais famoso, mas, sem sombra de dúvidas é o meu preferido. Discretamente abrigado na belíssima e enorme Hertford House, exibe um invejável acervo. Nele se encontram pinturas de alguns dos grandes mestres, esculturas extraordinárias, peças decorativas de rara beleza, uma vasta coleção de incríveis miniaturas, porcelanas de manufaturas reais e um incrível conjunto de artefatos bélicos medievais.

             A casa, uma legítima representante do modus vivendi da alta burguesia londrina da era georgiana, data de 1788 e foi desenhada no estilo setecentista com uma típica frontaria de tijolos vermelhos sobre uma base de cantaria clara. Com forte simetria, exibe seu imponente pórtico centralizado na fachada; fachada essa que ostenta um ritmo severo e uma uniformidade na distribuição de suas aberturas de caixilho branco e pouco trabalhado. Como de costume à época, sua composição externa é severa e pouco ornamentada, o que lhe dá um aspecto mais refinado cuja discrição é quebrada apenas pelas grandes proporções do prédio e pela luxuosa presença de um jardim frontal. O volume envidraçado ao centro do segundo pavimento (que na minha opinião destoa um pouco da fachada) e imediatamente acima do portal de entrada é posterior e encobre o que antes era uma enorme janela palladiana. Possivelmente a antiga forma dessa elevação era mais bonita que a exibida atualmente.

             No período Georgiano, compreendido entre os anos de 1700 e 1800 e conhecido como a época de ouro da arquitetura clássica no Reino Unido, muitos de sues ilustres projetistas, como Sir Christopher Wren e Robert Adam, foram estudar arquitetura e belas artes na Europa continental e de lá voltaram com fortes influências francesas e principalmente italianas. Com o imaginário enriquecido pelas linhas do Palladianismo e do Classicismo Greco-Romano, alavancados ao topo da moda pelas recentes descobertas das ruínas de Herculano e Pompéia, traduziram em solo Inglês um estilo que somado à fleuma e austeridade britânicas deu origem à uma forma menos robusta e um tanto despretensiosa de compor a simetria e os planos ao projetar.

             Por dentro a coisa muda um pouco. A tão propalada austeridade dá lugar ao extremo requinte com rara riqueza de detalhes e sobreposição de elementos. Uma sucessão de grandes cômodos forrados com os inevitáveis adamascados de cores fortes e vibrantes, com acabamentos em madeira ou estuque brancos, embasando uma leve talha dourada e repletos do mais requintado mobiliário, deixa o visitante perplexo. A soberba coleção de obras de arte e a exibição de um conjunto de peças decorativas de alto valor e raridade completam o cenário. 

              De cara, logo na entrada, o enorme Hall de distribuição que encerra a grande escadaria. Dele parte-se para todos os ambientes do núcleo original da casa, tanto no andar de baixo como no superior, dos quais tem-se acesso às partes anexadas em ambas as laterais, para exibirem a grande coleção, que se unem no fundo do terreno na parte reservada à grande pinacoteca. 




             Doado para a cidade de Londres no final do século dezenove e aberto ao público em 1900, mantém seus cômodos exatamente como deixou sua última proprietária e viúva do magnata Sir Richard Wallace. Legado à comunidade sob a condição de ser mantido exatamente como era na época em que servia de residência para a família, mostra como viviam os muito ricos da época. Todos os ambientes foram conservados com sua elaborada e sofisticada decoração clássica. 


     É muito bom quando nos libertamos da necessidade de visitar os imensos e cansativos museus detentores de todos os recordes e passamos a nos dedicar a achar verdadeiras pérolas escondidas no emaranhado das cidades. Esses pequenos notáveis é que me conquistam. Essa coleção representa o que há de melhor nessa categoria. É certamente um museu para ser visitado diversas vezes e nunca ser esquecido. Nele podemos desfrutar a calma de apreciar como se deve uma boa peça de arte. Ir e vir, repetir os ambientes e escolher verdadeiras obras-primas como suas peças favoritas. Aqui temos essa oportunidade, o que não significa ser uma tarefa fácil, pois temos à nossa frente o melhor de Velásquez, Frans Hals (e muito do barroco holandês),Watteau, Fragonard, Delacroix, Peter Paul Rubens dentre outros tantos.



             Em meio aos diversos quadros de Rembrandt (seis ao todo) esse auto-retrato é o mais significativo, ainda que não seja o mais importante. As obras primas se somam aos tantos tesouros da propriedade. Porcelanas francesas de Sèvres (uma das maiores coleções do mundo, dentro e fora da França) e da alemã Meissen ficam parcialmente expostas em notáveis móveis franceses dos séculos XVIII e XIX. A mobília também apresenta peças de origem italiana, alemã, holandesa e inglesa.

            Abaixo outro Rembrandt pendurado na grande pinacoteca, construída especialmente para abrigar a grande coleção trazida da França pelo mecenas. Antes de ser comprada por Sir Wallace, a casa serviu de embaixada para a Espanha e França e era significativamente menor. Sua área teve que ser bastante aumentada para acomodar o imenso acervo do colecionador que transferiu de um país para o outro.


Algumas galerias onde são mostrados os artefatos bélicos com destaque ao conjunto de armaduras.




             O enorme acervo de armaduras e artefatos de guerra medievais, se iguala (ou até supera) à outros muito importantes como o do Museu Britânico e o do Metropolitan de Nova Iorque. Parece que era a verdadeira paixão do Sir Wallace, tamanha a importância dessa ala. A galeria de arte, edificada nos fundos da mansão, especialmente para receber a imensa coleção de pinturas, também impressiona.



Armaduras góticas! Um espetáculo!


Por fim, abaixo, uma imagem da longa pinacoteca.


É isso! vale a dica!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Visita à Fábrica Saccaro

         
     O meu mês de outubro de 2015 começou com uma nova visita à fábrica de móveis Saccaro. Atendendo a um convite da franquia de Florianópolis, pela segunda vez fui recebido pela diretoria da empresa que, com muita atenção e cordialidade, abriu suas portas para um grupo de arquitetos e outros profissionais da área do qual eu fazia parte. A visita foi interessantíssima e muito proveitosa.

     Fundada como uma fábrica de cestaria, usada para revestir garrafões de vinho, na cidade serrana de Ana Rech, no Estado do Rio Grande do Sul, a hoje respeitada indústria moveleira, cresceu e direcionou seu foco para o melhor do mobiliário solto produzido no país atualmente. Suas peças exibem o melhor do desenho e o mais fino acabamento que lhes garante fama e notoriedade.

    O mais interessante é que apesar de famosa pelo capricho e excelência dos produtos que oferece ao mercado, nunca perdeu a alma do negócio familiar, mantendo em destaque as fibras naturais e as belas texturas resultantes das mais variadas formas de tramá-las. Esse apego à história e ao produto que deu origem a tudo é o que mais encanta, a despeito de todo o requintado leque de opções, mais focado no design contemporâneo e de vanguarda. 

     Seu catálogo oferece peças incríveis, com assinatura de profissionais muito competentes que criam objetos exclusivos de muito bom gosto, mas, que sempre carregam o DNA da marca. 
 
     Foi muito bom poder ver de perto todas as etapas na fabricação dessas peças que muitas vezes fazem parte da composição de meus projetos de interiores.  


     
     Assim que entrei na fábrica, pude notar a presença de algumas pessoas vestidas com jalecos diferentes dos demais. Eram vermelhos e exibiam nas costas uma estampa que já dizia tudo: Brigada de Emergência. Para aqueles mais acostumados com o ambiente fabril pode parecer comum ou quase óbvio, mas achei fantástico! Ao longo da visita fui vendo mais e mais funcionários vestidos de vermelho, até que (autorizado pelo monitor) parei para conversar com um deles.

       Trata-se então, de alguns empregados que além de cumprirem com sua atividade laboral diária exercem uma função maravilhosa de brigada de incêndio, cujo aprimoramento e atualização são feitos periodicamente dando noções de socorro para as mais diversas situações de risco. Cumprem também com socorro paramédico.

     Muito interessante o treinamento desse corpo especial de funcionários, que exibe com orgulho sua indumentária diferenciada. Achei perfeito introduzir na lida diária, pessoas treinadas para esse fim, que trabalham normalmente em sua primeira função até que uma situação de emergência se instaure.


     Acima, foto de uma mulher da Brigada de Emergência. A satisfação de fazer parte dessa equipe tão especial se ficou clara na imediata expressão de orgulho quando submetida às minhas perguntas. Foi muito gratificante ver que o comprometimento dos funcionários se revela tanto naqueles com mais de 20 anos de casa como nos novatos, que a exemplo dos mais velhos, entendem se tratar de uma empresa séria.

A seguir uma parcial do interior no gigantesco galpão principal.


A luz natural é amplamente utilizada através dos rasgos transparentes nos tetos e paredes.


Na foto anterior o funcionário que nos conduziu pela fábrica com o uniforme tradicional.
O piso da fábrica é, naturalmente, todo plano sem nenhum tipo de desnível ou ondulação. 
Como em outras indústrias que tive a oportunidade de visitar, a segurança aqui é coisa séria.



Uma peça linda: acima o pé e abaixo o tampo de uma mesma mesa.
Belo detalhe: o desenho listrado do tampo é muito sofisticado. 




Móveis e mais móveis por todos os lados.
Acima esqueletos de cadeiras e abaixo curvados encostosde madeira laminada.



     Tanto acima como abaixo, dois funcionários (um com jaleco vermelho) trabalhando no desbaste e corte das madeiras recém chegadas na área do primeiro beneficiamento da matéria-prima. Os tubulões flexíveis servem como sugadores do excesso de resíduo da madeira. Ainda assim a poeira grossa ainda é bem presente. Isso me agrada porque deixa aquele cheirinho deliciosos de madeira no ar. 


     Em um canto, entre as peças de madeira não trabalhadas, uma pequena pilha de tampos de mesa já cortados, lixados e beneficiados, esperando a próxima etapa: a pintura. A linha orgânica dessas peças ilustra bem uma das facetas da atual diretriz estética da fábrica, que faz uma releitura do design brasileiro com predomínio das linhas adotadas nos "dourados" anos cinquenta, época em que o também atual design dos países nórdicos, influenciava a criação de móveis em todos os cantos do planeta.



     Três fotos de uma lixadeira sendo preparada para um corte específico. O funcionário abre a máquina desligada para trocar a fresa. A bubina substituída aparece logo abaixo (note o carrinho atrás do homem). O maquinário da fábrica é bem moderno e além de produzir peças com exatidão milimétrica oferece a maior segurança para seus operadores. A fábrica comemora hoje, a compra de uma nova máquina que, segundo um dos seus diretores, reduzirá os acidentes de trabalho envolvendo corte a quase zero.



          A seguir uma máquina de usinagem dotada de um sistema de corte transversal que pode trabalhar a madeira desde uma linha reta até o ponto de atingir um ângulo de setenta graus. Isso significa que as possibilidades de talha e nivelamento das superfícies, bem como a eliminação de irregularidades e pequenos defeitos é enorme e contempla uma infinidade de situações de design. Abre a possibilidade de executar quase todos os ângulos de encaixe e inclinações reduzindo o desperdício e agilizando o processo.


A precisão dos cortes propiciado pela tecnologia dessas máquinas é extraordinário.

Abaixo outro centro de usinagem de madeira. Esse é importado do Reino Unido.




O trabalho de laminação e colagem de peças com desenho mais orgânico e ergonômico.
Essa técnica é ótima para produzir móveis com pouco peso.


O cuidado com as medidas...




Uma parte de processo de prensa e colagem por meio do maquinário.


Essa máquina esculpe a peça e cria o encaixe perfeito.


Primeiro: as barras de madeira esperando para serem trabalhadas e esculpidas;


segundo: as peças terminadas, com seus pinos (machos), de encaixe, esculpidos e prontos para a montagem.
Precisão milimétrica, importantíssima para a rigidez e segurança do móvel.


Moldes


Moldes


Moldes


E mais moldes!


     Como a linha de produtos ofertada é enorme, também é enorme o acervo de moldes e gabaritos espalhado pela fábrica. Cada peça componente de um móvel tem seu próprio gabarito que garante sempre os mesmos formato, medida e escala. Isso prova que a máquina e o computador não suplantaram o fator humano e a valiosíssima "pegada" artesanal. 



Abaixo uma interessantíssima prensa manual.


Essa engenhoca giratória, permite a prensa de vários móveis ao mesmo tempo.
Na medida em que a montagem de uma linha termina o operador gira a estrutura e monta a próxima.


Essa prensa é até decorativa (risos)... e meio maluca! (mais risos)
Adorei!


     Antes de levar o corpo de uma cadeira para a prensa (mostrada acima) o funcionário monta a estrutura colando e encaixando suas peças, que formarão o móvel a ser submetido ao tempo e pressão necessários para torná-lo rígido e resistente o bastante para o uso.




As peças sendo  montadas e dando forma à uma cadeira...


Antes da montagem final das peças...
...uma pilha de componentes que a seguir formarão a estrutura de várias cadeiras.



     A parada seguinte foi na prensa para curvar madeira. Depois de submetida à um encharque dentro dessa espécie de panela de pressão a madeira absorve a água e é levada ainda quente para a prensa semi-cilíndrica a seguir. Nela é deixada esfriar e secar adquirindo seu novo formato côncavo e convexo. 


Mais uma foto da caldeira


Agora sim: a prensa.


Duas peças que ilustram o antes e o depois...
 ...a madeira de trás ainda com seu formato original e a da frente já submetida ao curvamento.
Depois de curvada não voltará nunca mais ao estado inicial.


Esse sistema pode parecer prejudicial às fibras da madeira, mas, segundo o técnico a matéria não sofre nenhum dano e não perde suas características de resistência.


Linha de produção com várias peças já curvadas. Provavelmente futuros encostos de poltronas.


     Seguindo a visita, uma parte que muito me agradou foi a área de confecção dos móveis de Málaca. Na verdade a Mallaca ou Málaca é um bambu originário das florestas de várzea do continente asiático, também conhecido por Cana da Índia ou Cana de Málaca. Com cerca de cinco centímetros de diâmetro é ideal para móveis mais leves, ainda que muito resistentes. Das fibras naturais é considerada a mais nobre e sofisticada e a mais difícil de ser encontrada no mercado.


     Com esse material são usualmente fabricados móveis curvados com linhas bem orgânicas. Para obter as peças sinuosas muito características desse tipo de mobiliário tem-se que primeiro aquecer o bastão do bambu para em seguida colocá-lo em uma forma que vai lhe dar o formato desejado.


Em primeiro lugar o aquecimento do varão.


Depois de aquecido e hidratado é levado à forma.


Nesse momento é preciso muita técnica e habilidade.




As peças de Málaca resfriando nas formas.


Um lote já pronto. Esses aros de Málaca poderão ser peças de mesas ou assentos.


Aqui, segundo me informaram, também são preservadas as características de leveza e resistência do material.



     Ainda na área das fibras naturais a parte de estofaria é também muito interessante. As tramas são muito lindas e a forma como são tratadas é impecável. 




     Estofando um encosto com fibra: a partir de uma matriz de madeira levemente curvada o artesão inicia seu ofício e não muito demoradamente dá cabo da peça. O acabamento da palha é perfeito. Depois de bem esticada a tela é habilmente dobrada para trás da face de madeira que restará a mostra. Em seguida com o auxílio de um maçarico as farpas e "cabelinhos" são queimados. Por último, uma lixada leve dá o arremate de mestre.




A destreza no uso do maçarico... muito legal!




A seguir as fibras sintéticas:



Eu ao lado do mostruário das fibras sintéticas.
Abaixo um dos modelos.


     O Polímero sintético (nada mais que plástico) utilizado na confecção das fibras vem assim em bolinhas. A receita de cada fibra é dada a partir de uma quantidade específica dessas resinas poliméricas granuladas com diferentes tipos e quantidades de esferinhas para cada receita, mesclando as que funcionam como base com aquelas que vão dar a cor final. 


Vários polímeros separados por peso e cores.


    Em seguida são despejadas nesse funil para serem catalizadas e formarem uma massa uniforme bem aquecida.


     Depois pelo processo de extrusão a massa ainda mole é forçada a passar por uma peça que vai determinar o formato e o tipo de fibra. Essa peça chama-se rosca extrusora.


     A matéria prima é derretida e depois resfriada nesse tanque longo e fino. Os fios ainda quentes saem por uma peça que determina seu formato e bitola como em uma máquina de macarrão. Depois caem nessa longa lâmina de água onde enrigessem, e adquirem suas características finais de resistência e flexibilidade. Logo em seguida são enrolados em carretéis.



Abaixo diversos modelos de roscas extrusoras.


     Como a produção das fibras sintéticas é feita na própria fábrica não existe um estoque muito grande. São fabricadas as quantidades e tipos necessárias exclusivamente para cumprir com o que está em produção. dessa forma os lotes são rigorosamente adequados à demanda suprimindo drasticamente o desperdício. 


 O tamanho das fibras, seu formato, suas cores e a quantidade de seus feixes correspondem exatamente ao número e tipo de móveis para qual são destinadas.


Algumas poltronas para exterior já trançadas! As cores são lindas!
Prova que podemos ir muito além do branco...




     As peças de alumínio, sempre muito robustas, ganham nessa área seu formato final (curvo ou não). Depois passam para a lixa, polimento e eventualmente pintura.


A solda. Área restrita ao acesso. Segurança acima de tudo.


Mais uma parada para apreciar uma lixação...



Corte de tecidos e costura de complementos...



     Na foto anterior um jovem estofando um móvel feito sob medida para um grande empreendimento hoteleiro. Abaixo um outro funcionário tramando um encosto de fitas.



     Esse gigantesco e altíssimo almoxarifado, representa uma etapa intermediária entre a fabricação do corpo do móvel (tanto os de madeira como os de fibras) e a parte de pintura e estofaria. Ele fica exatamente na passagem entre os dois galpões da indústria.
      Como o cliente tem a oportunidade de escolher um entre os vários tons das madeiras, assim como o tecido que mais lhe agrade, a fábrica envia para suas franquias uma gama enorme de móveis diferenciados. Dessa forma é daqui que os móveis saem para ganhar as características escolhidas na hora da venda. Assim deixam o seu estado natural e cru para ganharem nuances de cor e acabamentos dos mais variados tecidos.
     

Setor de corte e costura. Domínio feminino.


     A seguir um homem trabalhando na pintura de móveis para interior. Essa pintura com compressor é mais eficiente, econômica e rápida. O jato cobre com perfeição e de maneira uniforme todas as superfícies, poros, reentrâncias e saliências. 


Retoques e eliminação de defeitos na pintura. Atenção, cuidado e capricho para garantir o melhor acabamento.


     A seguir uma foto da pintura de móveis para áreas abertas. Todas as peças destinadas ao uso externo, sujeitas à ação do tempo e suas intempéries, recebem um selador a base d`água antes de serem submetidas à pigmentação. Tanto essa selagem como a pintura são feitas em pequenas estações com uma linha de produção em série, onde ficam penduradas por cabos. 


Secagem de móveis para interior. Na foto um belíssimo pé para mesa de centro.


Uma estação de retoques e lixação de peças com pintura mais fina e delicada.


Mais uma área de secagem dos móveis recém pintados.


Uma última olhada para um estofador criando mais um móvel incrível com revestimento de couro...


     Atualmente a própria empresa confecciona suas caixas e embalagens, o que garante um acondicionamento de qualidade com vistas à manutenção da integridade física dos móveis desde a saída da fábrica até a sua abertura no destino final. Esse recurso de absorver a montagem e o dimensionamento das caixas, traz uma economia significativa de material e de tempo, além de compensar financeiramente e de aumentar os critérios de exigência. Absorvendo essa função, anteriormente terceirizada, a Saccaro amplia a oferta de emprego e torna o processo mais ecológico. 



    Então... por fim... a caprichosa embalagem de todos os produtos que serão enviados para as franquias dentro e fora do país ou diretamente para a casa do feliz cliente.



     Essa visita à fábrica da Saccaro foi ótima, apesar de muito rápida (cerca de duas horas e meia). Por mim ficaria mais tempo observando e perguntando mais e mais. Assim como em outras indústrias gaúchas de mobiliário fui muito bem recebido e pude desfrutar e aprender bastante com o monitor e outros funcionários da casa. Essa iniciativa de receber profissionais da arquitetura e decoração, para mostrar todo o processo de criação dos produtos, desde sua concepção até sua entrega, clareia bastante e traz mais confiança ao especificador. Muito legal, foi também, o encontro feito com um dos designers que aconteceu na loja conceito da marca em Bento Gonçalves. Lá houve uma agradável conversa que fluiu entre diversos assuntos relacionados com a arquitetura, decoração, desenho e produção do mobiliário.