quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ilhas Maurícius

Interessante templo hinduísta que visitei nas Ilhas Maurícius:

               Conta uma lenda que Lord Shiva, acompanhado por sua mulher Parvati, encantado pela cor do mar esmeralda e pela beleza da ilha, ao visitar a terra desconhecida derramou duas gotas do rio Ganges que carregava consigo para proteger a terra de inundações. Tais gotas caíram em uma cratera vulcânica formando um lago. Ganges indignado pelo fato, foi apaziguado por Shiva que gentilmente previu que povos de suas margens um dia habitariam aquele paraíso e que anualmente em peregrinação voltariam ao lago para celebrar os deuses hindus. Na realidade a profecia se cumpriu e a ilha, hoje habitada em parte por mais de 500 mil hindus, tem fora da Índia o maior festival hinduísta: é o Maha Shivaratri no lago Grand Bassim.
               O templo mostrado abaixo é dos muitos espalhados pela ilha e fica em uma área densamente habitada. Suas cores intensas e sua arquitetura tradicional revelam uma composição típica dos templos dessa cultura e o resultado plástico é uma festa para os olhos.


               O hinduísmo possui uma iconografia muito fértil e um amplo leque simbólico para representar o sagrado em seus cultos. Da mesma forma essa riqueza se expressa também nas artes pictóricas, na literatura, na forma diária de comunicação e como mostram as fotografias, na arquitetura de seus espaços religiosos repletos de imagens e esculturas.


               Na parte posterior do prédio há um pequeno alargamento do volume principal com um sutil jogo de volumetria, encimado por uma cúpula que marca a posição do altar. Nesse templo existem ainda um altar no pátio e vários nichos nas paredes externas como se fossem outros pequenos focos para o culto dos mais variado deuses. Esses locais religiosos possuem uma quantidade grande de formas representativas desses deuses, muitas vezes humanizando figuras de animais, como o deus macaco ou o elefante. Mas, o país é uma mistura de culturas. A população é muito variada e consiste basicamente em: crioulos, hindus, chineses, muçulmanos e europeus.


               Com volumetria muito simples (um paralelepípedo com uma torre na frente e uma cúpula ao fundo) o edifício tem uma entrada secundária voltada para o pátio onde são feitas as cerimônias ao ar livre.



 A religião hindu tem centenas de deuses diferentes, simbolizados de várias formas. As figuras de animais são muito presentes.


               Decoração excessiva repleta de imagens e sobreposições de planos: a enorme quantidade de desenhos, com grande variedade de cores aplicados sobre os altos e baixos relêvos, imprimem ainda mais drama à composição alegórica. Esse pequeno alpendre encimado por esta rebuscada cobertura piramidal marca, com destacada hierarquia, a entrada principal do templo voltada para a rua.

Um pouco de praia porque ninguém é de ferro!







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